sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Daquela vez

Lembra quando nos partimos? Daquela vez que eu disse que partiria sem rumo, pra um lugar qualquer que fosse? Sem rumo, sem olhos que me guiassem. Num tato louco de mim mesmo. Eu ainda não fiz essa viagem. Tive medo de partir de ti, mas acabei por partir de mim mesmo.
Todas as certezas desmoronam um dia, todas, sem que haja exceção. É que num dia a gente é e no seguinte nem sempre.
Não haviam mochilas, e me lembrei de um filme que eu assistia sempre que me sentia enclausurado, aquele “ O escafandro e a borboleta ”. Pois bem, diga-se de passagem, que o filme me fazia olhar os problemas – pseudos, bem o sabemos - num ângulo de tamanha mediocridade e assim eu seguia nos meus passos lentos ou não. Até agora! Chega uma hora que você se dá conta que não são bem problemas, pra mim era ausência de mundo. Era álcool e festa e amigos e música e nenhuma paz. No fim, na cama, sozinho, não há nada. Você sabe.
Então, aquietar-me por um tempo, com meus filmes, filosofias e as músicas rasteiras de minhas reflexões bastavam pelos meses seguintes. E minhas viagens consistiam-se nuns livros loucos que eu achava - ou me achavam – por uns sebos e livrarias da vida. Mas faltava algo que eu não conseguia de forma alguma identificar.
Uma hora você voltou e temporariamente tudo o mais. Tinha meus tais objetivos, que agora eu nem me lembro mais, e o trabalho, a minha insistência acadêmica também. Tudo certo, tudo em ‘paz’.

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